Desde setembro de 2018, a Legasys Engenharia, cuja atuação técnica ocorre por meio da Associação Técnico Científica Ernesto Luiz de Oliveira Júnior (ATECEL®) na Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, tem trabalhado na elaboração de estudos técnicos sobre segurança de processo e ambiental em unidades industriais de bauxita e alumina.
Nesse período, foram desenvolvidos diversos estudos que atestam a segurança das operações do ponto de vista de gestão de água e efluentes, e a não constatação de impacto ambiental em função de eventos de precipitação pluviométrica, quando água de chuva parcialmente tratada foi despejada no rio.
Um dos estudos elaborados avaliou a capacidade de armazenar todo o volume de água pluvial sem a ocorrência de alagamentos internos e o impacto gerado pela intensidade da chuva sobre o pH do efluente, além das possibilidades de segregar a água pluvial nos cenários atual e futuro.
Conforme recomendação indicada no relatório e o compromisso assumido, continuamos o estudo de detenção in situ e segregação de águas pluviais, com objetivo de validar o modelo computacional por meio de análises químicas realizadas a partir de amostras reais coletadas em momentos de diferentes níveis de precipitação pluviométrica.
Com isso, nossa equipe realizou análises químicas e físico-químicas nos circuitos de drenagem da área industrial durante o período de 3 meses e, elaborou uma proposta de nova configuração para o sistema de drenagem, que possibilite a segregação e o lançamento direto de águas pluviais (parcial ou integral). Através de simulações computacionais foram avaliadas três possibilidades de segregação da água pluvial captada sobre a área da refinaria, levando em consideração o comportamento e adequação dos níveis das bacias da refinaria, dos depósitos de resíduos sólidos, mediante as possibilidades de segregação e descarte direto de águas pluviais.
Assim, verificou-se a necessidade de realizar um estudo complementar para caracterização dos efluentes industriais presentes nos circuitos de drenagem durante o período sem a ocorrência de eventos pluviométricos. A continuidade do estudo visou também mapear e identificar possíveis fontes de contaminação que impossibilitam o procedimento de descarte de águas pluviais durante eventos pluviométricos intensos, além da análise da corrente do circuito.
Após todos os estudos realizados, a equipe da Legasys verificou a necessidade da realização de uma nova rodada de amostragem e análises físico-químicas e de metais para caracterizar os efluentes industriais presentes nos circuitos, sem a ocorrência de eventos pluviométricos, com o objetivo de verificar e mapear as possíveis fontes de contaminação dos circuitos supracitados, visto que a mitigação destes pontos de distúrbio na qualidade dos efluentes presentes nestes circuitos podem torná-los passíveis de segregação.
Como mencionado anteriormente, o circuito foi classificado como não segregável devido à ausência de informações de parâmetros físico-químico e análise de metais. Desta forma, este estudo complementar visou identificar pontos de coletas que permitam a realização do procedimento de amostragem e caracterização dos efluentes industriais presente nesta linha de drenagem.
No sentido de complementar os estudos e avaliações a respeito dos impactos gerados pelas atividades industriais, e subsidiar discussões técnicas com entidades externas e órgãos reguladores, foi identificada a necessidade de uma caracterização química mais aprofundada nos processos de mineração e refinaria, denominada de “Assinatura Química”.
Os resultados obtidos na primeira fase do trabalho da Assinatura Química demonstram o potencial da metodologia desenvolvida diante de eventuais acusações em termos de contaminação ambiental.
Para a construção dos estudos técnicos e desenvolvimento das atividades, a equipe da Legasys trabalhou de forma intermitente junto ao corpo técnico do cliente, no período de 6 meses. A última e decisiva rodada foi composta por IV etapas:
- Etapa I – Preparação de estudo com dados secundários (pesquisa bibliográfica) para identificação de metodologias de determinação de Assinatura Química utilizadas em outros processos industriais;
- Etapa II – Realização das coletas e análises químicas das amostras internas e externas à refinaria;
- Etapa III – Preparação do relatório com os resultados das coletas e das análises químicas das amostras internas e externas à refinaria;
- Etapa IV – Preparação do Laudo Técnico-Científico atualizado sobre a mais provável Assinatura Química da refinaria.
Ao final, foi entregue o laudo técnico atestando qual a “Assinatura Química”, assinado por todos os engenheiros e professores participantes do estudo, podendo ser reproduzido por meio de Artigo Científico público.

