Estudo diz que não houve transbordamento de resíduos da Alunorte no início do ano

Um parecer técnico-científico independente, elaborado pela Associação Técnico Científica Ernesto Luiz de Oliveira Júnior (Atecel) e emitido no dia 26 de novembro, diz que não houve transbordamento das áreas de depósito de resíduos da Hydro Alunorte em fevereiro de 2018, mês em que a mineradora foi acusada de causar impactos ambientais e danos à saúde da população do município de Barcarena (PA).

Na época, moradores de Barcarena denunciarem que a água da chuva que se acumulou em diferentes pontos da cidade estava em tom vermelho. Dias depois, o Instituto Evandro Chagas (IEC) divulgou um laudo apontando vazamento de bauxita das operações da Hydro Alunorte — um dos depósitos de resíduos sólidos na mineração teria transbordado.

O estudo divulgado agora pela Atecel foi realizado por catorze especialistas e coordenado pelos professores-doutores Romildo Pereira Brito e Gilmar Trindade de Araújo, ambos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Nele, foram realizadas simulações computacionais de cenários de armazenamento de água, bombeamento e tratamento, considerando diferentes níveis de produção de alumina e precipitação.

O parecer também afirma que a liberação do excesso de água da chuva para o rio Pará, por meio do canal velho da refinaria, foi a decisão mais apropriada diante das circunstâncias de chuvas extremas de fevereiro de 2018. Do ponto de vista do gerenciamento de águas, o estudo diz que os projetos de melhoria que estão sendo implementados na refinaria tornam segura a produção de 100% da capacidade da unidade, hoje de 6,3 milhões de toneladas métricas de alumina.

“É encorajador termos um estudo independente que afirma que a Alunorte pode produzir com segurança a plena capacidade e que nossos projetos de melhoria contínua nos tornarão bem-preparados para chuvas ainda mais pesadas do que as que vivenciamos em fevereiro”, afirma John Thuestad, vice-presidente-executivo da área de Negócios de Bauxita e Alumina da Hydro no Brasil. “Juntamente com os relatórios e confirmações das autoridades brasileiras de que não tivemos nenhum transbordamento dos depósitos de resíduos, esse estudo é uma confirmação importante de que a Alunorte é capaz de produzir com segurança.”

Fonte: Revista Alumínio

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